quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E como é de rotina entro dentro do onibus para o meu trajeto de volta a minha casa, o dia foi longo e dificil, só penso em descansar. Pela primeira vez, estou sozinha sem nenhum companheiro, e me pego a observar o comportamento das pessoas a minha volta, coisa que nunca fiz.
Fico em pé, pois, como de costume o onibus das 6 está lotado, e os jovens dão lugar para simpáticas idosas. Estou escutando uma música em meu mp3 e com um livro qualquer para me fazer companhia, e ao começar a observar começo a rir, algo bem constrangedor para mim, que na realidade ninguém parece notar. O motivo do meu riso é ver um casal de adolescentes ainda no colegial se paquerando com tanta vergonha, a menina tenta se aproximar o rapaz também, mas, logo vejo que os dois não sabem como.Logo, entra um senhor mais velho, fazendo com que eles se aproximem. Acho tão bonito a forma como esses jovens deixa tudo acontecer, coisa rara de se ver.
Do outro lado vejo uma menina discutindo no celular, apesar de estar falando bem alto, ninguem parece importar.
E outras pessoas que não chamam tanta atenção, porém, no fim do onibus vejo uma menininha que deveria ter apenas 5anos fazendo careta com a mãe, uma mulher jovem de cabelos loiros e com o sorrisso bastante acolhedor, demonstrando o amor maternal para todos.
O meu ponto se aproxima, minha vontade é ficar e observar mais, fazendo com que me esqueça do meu cansaço desse longo dia.
Antes de partir, volto a reparar na cara de todos, e por fim no casal de jovens que agora enrubescidos davam as mãos.
Quando chego em casa, logo fico a pensar que aquelas pessoas mesmo que não sabendo me fizeram um bem tão grande.


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